FSP 25/1/2020
Hoje, na FSP, Bruno Molinero publicou a nota sobre acima sobre “Maria Altamira”, que a Instante lançará agora em março.
Sobre “Maria Altamira”, João Cezar de Castro Rocha escreveu:
“Maria José Silveira ocupa um lugar próprio na literatura brasileira contemporânea por meio de um corajoso exercício que evoca o anacronismo deliberado de célebre personagem de Jorge Luis Borges. Isto é, a autora, entre outros, de A Mãe da Mãe de sua Mãe e suas Filhas (2002) e Pauliceia de Mil Dentes (2012), combina com agudeza preocupação social e invenção linguística, olhar atento à história e rigor na construção ficcional. Além disso, e muito ao contrário de tendências que se tornaram dominantes na literatura brasileira, Maria José não abre mão de pensar a formação da cultura brasileira. Melhor: em seus romances, investiga-se sobretudo as origens da deformação que previne o país de finalmente tornar-se nação.
Neste novo romance, Maria Altamira, o público leitor é conduzido da década de 1970 aos dias de hoje e transita do Peru ao Pará de Belo Monte: nessa busca de um tempo que parece perder-se sempre um pouco mais, a desigualdade e a injustiça social permanecem a paisagem atávica das sociedades latino-americanas. Eis outro traço singular da imaginação ficcional de Maria José Silveira: sua escrita pretende ser um mosaico de todo o continente, com suas múltiplas vozes e tantos dilemas em comum. Maria Altamira representa um marco importante na obra de uma autora em pleno voo.” JOÃO CEZAR DE CASTRO ROCHA -Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Aguardem…
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