André Sturm, o novo Secretário Municipal de Cultura, confirmou a indicação do ex-editor e colecionador de arte Charles Cosac como novo diretor da Biblioteca Mário de Andrade.
Quando soube da notícia, pensei logo em escrever sobre o assunto.
Mas o Maurício Meireles, paraense (ou roraimense, nem sei!), importado pela FSP, já falou praticamente tudo que eu queria dizer.
Por isso, remeto à sua coluna de sábado, dia 7 de janeiro.
A partir da própria coluna, sabemos que Charles Cosac não entende bulhufas de mercado editorial. Certamente entende de publicar belos livros, mas de mercado editorial nada de nada. E tenho minha dúvidas – amplas e fundamentadas – de que gostar de livros, “ser humanista” e haver frequentado bibliotecas seja qualificação suficiente para dirigir uma biblioteca do porte da BMA, a segunda maior do país e supostamente cabeça (ou modelo) de um sistema com mais de cem unidades.
Bom, esperemos.
Não tenho lá muitas esperanças. Talvez a BMA se transforme em uma bela galeria de arte, exibindo obras dos artistas que Cosac admira.
Quem sabe, poderá ser comparada à gestão do Pedro Correa do Lago na BN, cargo que Mindlin recusou porque “iria se sentir como a raposa dentro do galinheiro”. Fez bem. E ainda bem que o Cosac não é bibliófilo.