Na época da Constituinte, um amigo meu, deputado, me convidou para almoçar, lá em Brasília. Apareceu com o Roberto Freire. Naquela ocasião ficou claro, para mim, que o ódio que ele cultivava ao PT vinha de um simples fato: o então chefão do “Partido do Proletariado”, alcunhado de pecezão, estava desesperado com o surgimento de um partido que, sem se arrogar ser “o” representante exclusivo do proletariado, tinha real apoio dos operários, e muito além disso.
Era a arrogância misturada com o ressentimento e a inveja. E o início da desabalada carreira para a direita que o levou ao colo de Temer, Alkmin e Serra, sem conseguir mais se eleger nem síndico em Pernambuco.
Hoje, nos jornais, o Ivan Valente, vice da Erundina, repetiu o espetáculo da arrogância e do ressentimento, dizendo que a candidatura da Luiza era “a única de esquerda”.
Respeito a decisão dela de se candidatar. Critico-a pela candidatura personalista e por ter buscado o PSOL paulistano para servir de “barriga de aluguel” para um projeto pessoal e divisor, quando não conseguiu registrar mais um partido “para chamar de seu”, o tal Raiz.
Mas não respeito o Ivan Valente, embora espere que ele não siga a trajetória do pernambucano
De passagem: morasse no Rio, nessas alturas, votaria no Freixo. E em Belém, no Edmilson.